segunda-feira, 8 de março de 2010

Ignorância e/ou estupidez natural?!...

Soube agora que se atreveram a cortar a "minha" árvore na estrada entre a Areia Branca e o Cristo Rei.
Ao longo dos anos tirei-lhe muitas e muitas fotografias em várias perspectivas pois sempre a achei de uma enorme poesia. Porquê? Por estar isolada e teimar em viver em cima de uma curva em que, certamente por efeito dos ventos, foi ficando inclinada como se por causa da força centrífuga provocada pela curva...
Uma foto do pôr do sol tirada da Areia Branca e apanhando a referida árvore era "o máximo" pela beleza da luz e por efeito da presença isolada da árvore, dando à paisagem um toque de poesia e humanidade muito próprio.

Alguém, certamente sem poesia no coração e com a prosápia dos ignorantes e estúpidos mandou cortá-la na sequência de obras de reparação da estrada. Aliás, não foi só esta... Ao que me dizem, no percurso não sobrou uma... Pessoa amiga descreveu-me assim a situação: "fizeram um 'despacho' de todas as formas de vegetação a caminho do Cristo [Rei], incluindo as árvores na praia."

Até onde vai a estupidez e a ignorância!... Como é possível?!... Alguém tinha falta de lenha lá em casa!... Saber que "as árvores morrem de pé" não é consolação suficiente! Que tristeza!


sábado, 6 de março de 2010

Com tanta chuva até apetece rever isto...

Seguem-se abaixo um conjunto de fotos que têm todas o mesmo denominador comum: foram tiradas a jovens na sua alegre actividade de... tomar uma banhoca!... A maior parte foram fotografados na praia "dos coqueiros", na Avª de Portugal, em Dili.






terça-feira, 2 de março de 2010

Genuíno Madruga, o navegador solitário, em Timor Leste

Em Agosto de 2008 Genuíno Madruga, o navegador solitário açoriano, esteve alguns dias em Dili. A sua chegada foi documentada em reportagem da RTP (veja aqui). O seu barco à vela pode ser visto na foto abaixo, à direita na foto, fundeado na baía de Dili.

Graças a outro navegador (não solitário) que conhece bem os mares dos Açores, o Pedro Mesquita, tive a oportunidade de privar algum tempo com ele (aqui em baixo os dois navegadores na esplanada do "chez Fina", oficialmente o "Sol e Mar", na Areia Branca, no próprio dia da chegada dele a Timor, 11/08/08).

Alguns dias depois, a 15 de Agosto, o Embaixador de Portugal em Timor Leste, na altura o Embaixador João Ramos-Pinto (agora em Pretória, na África do Sul), ofereceu uma recepção ao navegador açoriano nos jardins da sua residência.


Na ocasião foi plantada no jardim da residência oficial do Embaixador uma árvore de sândalo para assinalar a passagem de Genuíno Madruga por Timor Leste.


Mas além desta "história" também há, claro, uma "estória" que se conta em poucas palavras: por acaso no próprio dia da chegada dele tinha comprado uma mácara de Oecussi a um vendedor na rua, ao lado do Hotel Timor. Nunca tinha visto uma peça daquele tipo e não resisti... ("prontos!..." 'tá bem!... Eu sei o que estão a pensar: "Que grande admiração não resistires a uma comprinha de artsanato!...").
A verdade é que quando estive com o navegador, ainda com a peça dentro do saco de plástico onde a tinha metido, não resisti e acabei por lha oferecer como uma recordação de Timor que ele recebeu emocionado. Ainda por cima oriunda do local onde os portugueses terão primeiro desembarcado na ilha.

E assim uma máscara (foto acima) de Timor viajou a bordo do "Hemingway", o nome do barco dele, até aos Açores!
PS - confesso que foi com alguma "dor de alma" que me desfiz daquela peça, sem grande esperança de voltar a obter uma semelhante pois nunca tinha visto nenhuma anteriormente. Só um ano depois, regressado a Dili, consegui obter uma semelhante no "mercado dos tais".

segunda-feira, 1 de março de 2010

A componente naval das FDTL: presente e futuro próximo

As notícias sobre a próxima entrega às FDTL das duas lanchas de fiscalização contruídas na China e a polémica (?) em torno da inexistência de um porto para elas na costa Sul levou-me a ir espreitar imagens das mesmas, das lanchas actualmente existentes (a "Oecussi" e a "Ataúro", oferecidas por Portugal) e do porto de Hera, onde elas ficarão baseadas.

As lanchas oferecidas por Portugal (ver abaixo)têm 18,4 m de comprimento e deslocam cerca de 45 toneladas.

Elas podem ser vistas atracadas no porto de Hera nesta imagem de satélite (em baixo) tirada do Google Earth (topo do molhe em L).


As lanchas chinesas (ver aqui informações sobre a história da sua produção desde o início dos anos 60) são mais compridas (41 m) e deslocam até 170 toneladas.

Para termo de comparação do tamanho das lanchas chinesas com o tamanho dos molhes de Hera diga-se que a "perna" interior maior do molhe em "L" terá cerca de 60 metros e que o molhe "interior", dentro da doca, mais há esquerda terá cerca de 155 metros --- a acreditar nas medições feitas no Google... A largura interior da doca é de cerca de 60 metros.


Não sendo entendido no assunto, chamou-me a atenção a dimensão do "castelo" e o facto de ele contribuir para as lanchas (chinesas) serem relativamente altas e esguias. Isto não deverá afectar a estabilidade da navegação no "tasi feto" mas poderá criar alguns problemas na navegação no "tasi mane" pois poderá tornar as lanchas especialmente sensíveis aos ventos de través. Mas disto os entendidos é que sabem.