Tinha lá estado há algumas semanas atrás, quando os camponeses preparavam os campos e faziam a sementeira de arroz.
Passadas algumas semanas, lembrei-me que esta seria a melhor época para revisitar a região pois os arrozais estariam em pleno desenvolvimento antes de se iniciar a época da colheita.
Esta viagem chegou a estar prevista para umas duas ou três semanas atrás para a dar a ver a uma amiga especial que por cá andou e que como eu, adora as montanhas de Timor Leste. A "reportagem" que aqui fica é uma pequena lembrança/homenagem para ela, que não teve oportunidade de ver o que os meus olhos viram. Como o outro, procurei ser "os olhos e os ouvidos do rei"... :-) Fica para a próxima, tá?!...
A estrada para Aileu está cada vez pior mas a primeira "chapa" foi "batida" não a um dos muitos buracos ou irregularidades do pavimento mas ao resultado de um acidente pouco vulgar: uma "anguna" pôs um rodado na vala que bordeja a estrada e por ali ficou à espera que a tirassem daquele "sufoco"...
Com uma estrada que está cada vez pior (documentado na "entrada" relativa à viagem anterior a Seloi Kraik), não houve grandes motivos para tirar fotos pelo caminho. Uma excepção (e que excepção): depois de chegarmos ao topo da montanha que circunda Dili e "virarmos para o lado de lá", demos, ao longe, com o Tatamailau sem nuvens --- mas com estas a aproximarem-se rapidamente...
E finalmente, ao fim de cerca de 1h45m depois de ter saído de Dili (40 kms percorridos...), cheguei (chegámos, eu e o meu parceiro de viagem, o meu primo Leiria) ao destino. Lá estava a árvore que me serve de referência para as muitas fotos que dali tenho feito ao longo dos anos e lá estava aquele "marzão" de verde do imenso arrozal! Tl como estava, ao longe, o Tatamailau mas já encoberto pelas nuvens.
Um objectivo da viagem era entregar ao chefe de suco do local umas fotos dele e dos filhos que eu lhe tinha tirado anteriormente e por isso fui bater-lhe à porta. Surpresa: ele tinha vindo para Dili... Provavelmente cruzámo-nos pelo caminho. Entreguei as fotos à esposa e inverti a marcha, de regresso a Dili.
Por ali perto fica esta construção que parece mais um local de reunião do que uma casa sagrada
Notámos igualmente que na região há um número apreciável de pés de café arábica, Contrariamente ao que sucede noutros locais (nomeadamente em Vatuvou/Maubara), as plantas de arábica estão carregadas de frutos e alguns já mostram sinais de estarem quase maduros. Mais um mês e muitas destas cerejas estarão prontas para serem colhidas. Pena é que a colheita não seja feita criterioamente, sendo apanhadas simultaneamente as cerejas maduras e as que só deveriam ser colhidas algumas semanas mais tarde.
Uma paragem no caminho para mais umas fotos do vale e de um timorense que vinha do vale e trazia às costas um saco que inicialmente julguei ser de arroz. Só quando passou por mim é que me apercebi que "ensacado" vinha... um "babi", um leitão!
O regresso a Dili não teve mais "estória"...