quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Saudades do Tatamailau...

Domingo de manhã, 11 de Setembro de 2016. Saudades (minhas e do "Jaquim", agora vestido de novo,..) da estrada e, particularmente, do Tatamailau, levaram-me a rumar a poente, primeiro, e a sul, depois. O projeto era (e foi...) ir até Aipelo, onde se situa uma antiga prisão bem conhecida dos antigos "deportados", e daí rumar a sul, subindo a montanha até Bazartete e depois desce-la até Leorema. No caminho, antes de começar a descida, "ele" estava a minha (nossa...) espera em todo o seu esplendor.


Mas vejamos o percurso efetuado.

De Dili a Aipelo é agora um "saltinho" graças à recuperação da estrada que a deixou num brinquinho... O busilis é depois de Aipelo e até tomarmos, umas duas horas mais tarde, a estrada Gleno-Dili, também ela agora  uma belezura.

Subindo a montanha --- na viagem vamos passar dos virtuais 0m aos mais de 1100m --- vamos "levar" com uma estrada que está sofrível, primeiro, mas muito mázinha, benza a Deus, pouco depois... E assim se faz a maior parte do percurso.

Estrada mázinha... Mas há pior ainda...

O primeiro motivo de interesse é, durante a subida, ver a paisagem que vai ficando para trás,para norte, em direção ao mar e a Aipelo.
Sendo domingo dia de missa, era de esperar que encontrássemos no caminho várias pessoas com a sua "roupinha de ver a Deus", como estas duas senhoras que explicaram logo que iam a caminho da missa numa igreja mais abaixo por onde tínhamos passado. Mas o "mais abaixo" não era "logo ali"... Calculo que no regresso, sempre a subir, custe mais...


Continuando damos de caras com este sinal junto de uma outra igreja.



Logo adiante da igreja está esta construção que na primeira vez que a vi, há alguns anos, mais parecia um como que "chalet de montanha"... Concluí depois que, afinal, é um convento de freiras.




 Adiante, a caminho de Bazartete! A estrada é manhosa mas faz-se... até que, depois de passada a localidade e andados mais uns quilómetros (provavelmente a pior parte do percurso e com um ou outro desvio a requerer atenção e perguntas aos sempre presentes miúdos para nos informarmos sobre o caminho para Leorema), depois de uma curva da estrada... Ooops! Lá está ele!... Alegria para mim e para a minha "pendura" Nafreana. Ainda por cima estava limpinho, sem nuvens, a uma hora em que por vezes já as tem à sua volta.



Deste ponto começa a descer-se para o vale em que se encontra Leorema.


Na descida vê-se, ao longe, o monte Loelaco/Cailaco e a foz da ribeira Loes...


... e vamos passando por plantas de café em fases distintas da sua floração, dependendo se estão mais ou menos expostas ao sol desta época do ano.


Encontrámos também pelo caminho --- domingo é dia de missa mas também de "luta de galos"... --- um timorense com seu galo a caminho de mais um combate... Será que o "manu futu" sobreviveu? Tinha cara (?) de quem já passara por outras...



Num dos pontos mais altos do caminho (1158 mts...) viam-se estas duas paisagens, uma para a nossa direita (Loelaco e Ribeira Loes) e outra em frente (Tatamailau)




E a descida continuou até Leorema.




A localidade está no fundo de um vale para onde tivemos de descer depois das primeiras visões do Tatamailau, a seguir a Bazartete, e de onde teremos de sair subindo novamente mas agora mais para sul e poente. Curiosamente, só quando se começa a subir de novo é que, olhando para trás, nos apercebemos de que andámos a descer aos ziguezagues durante alguns quilómetros.

E lá vamos nós, mais uns bons quilómetros de uma estrada do tipo "valha-me Deus!..." com o objetivo de chegar à estrada Gleno-Dili e ao conforto do seu "tapete de alcatrão" a alguns quilómetros de Gleno. Aí é só tomar a "liman karuk" e descer para Tibar e Dili --- onde nos esperava o cozido do Hotel Timor... ;)






Acabou-se... Talvez proximamente haja mais. Laclubar "et ses environs"? Talvez.

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