domingo, 12 de fevereiro de 2012

Baucau, Seiçal e Laga... lição revista mas não aumentada...

Mais uma vez meti-me à estrada e fui a Baucau, ao re-encontro do meu amigo de infância Henriques de Jesus, o "a modos que" adjunto "económico" da diocese de Baucau.
A viagem não teve história... nem "estórias": a mesma paisagem linda do "subão" --- ou "desção" conforme o sentido da marcha... :-) ---, dos arrozais na zona de Manatuto e da zona de Laleia e a mesma árvore isolada numa curva antes de entrar em Manaturo (uma das "minhas" árvores em Timor Leste). Ah!... E os mesmos --- os mesmíssimos!... --- buracos que encontrei há 11 anos no "entroncamento" entre as estradas interior e exterior de Manatuto, já passada a cidade. Velhos e fiéis amigos! Melhor só o bacalhau! Sempre ali à nossa espera para nos darem uma "massagem" nas costas e desejarem boa viagem!... Obrigado companheiros! Como diriam os nossos amigos do norte (de Portugal), aqueles buracos são já uma "instituiçom"!... No dia em que desaparecerem vai haver muita lágrima vertida!...




Mais adiante apanhámos uma chuvada mas passou depressa. Chovia quando passámos Bucoli e a ponte que, mais à frente, nos obriga a descer para um desvio por ela ter vindo abaixo há uns largos meses. Mas está em reconstrução e mais dia, menos, dia, estará operacional.
Depois foi a vez das rectas para o aeroporto, primeiro, e deste até Baucau, depois, com chegada à pousada no horário previsto --- 3 horas, mais coisa menos coisa, depois da saída de Dili.

Os "Matebean" em plena luz da tarde

Mais tarde foi o jantar com o nosso amigo e duas das professoras do grupo (cerca de uma dúzia) que chegou recentemente a Baucau para continuarem e desenvolverem os trabalhos da "escola de referência" local, fruto do acordo de cooperação entre Timor Leste e Portugal.
Ainda um pouco assarapantadas com as diferenças entre a vida em Portugal e em Bacau, procuram ambientar-se e "tocar em frente" a sua missão.
Lamentavelmente não previram um apoio em transporte fora do normal casa-escola-casa e a falta de mobilidade tem as suas consequências. Incluindo psicológicas.
Acabei por as desafiar e hoje, domingo, fui "apresentar-lhes" Venilale e a baixa do Seiçal. Uma lufada de ar fresco nos seus fins de semana, que levam tanto tempo a passar...
Nelas aqui fica a minha homenagem a todos os porfessores portugueses que, em iguais circunstâncias e até piores (alô Same! alô Oecusse!), dão o melhor de si para contribuirem para a melhoria do sistema de ensino em Timor Leste. Um esforço que, temo, muitos não se apercebam em Portugal: pessoas "arrancadas" ao seu meio amiente normal e que, apenas com o mínimo dos mínimos de condições, se aventuram até ao outro lado do mundo, onde, por vezes, faltam as coisas mais básicas e de que nem damos pela sua presença no nosso dia a dia. Bem hajam, "R&R" e restantes companheiro/as!...

Amanhã há mais... ;-)

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