domingo, 10 de junho de 2012

Cerimónias comemorativas do "9 de Junho" (de 1948) (LOL)

Pois é! Ontem foi 9 de Junho e comemorei à minha maneira esse outro "9 de Junho", o de 1948, em que pela primeira vez botei o olho no mundo... :-) Verdade se diga que não me lembro de nada mas creio que é natural. Acontece a todos, né?!...

O que é certo é que as minhas comemorações do "9 de Junho" incluíram uma pitada de cada uma das coisas que mais gosto de fazer... e algumas que dispenso como mais adiante se verá.

Para além de conversar com os meus filhos, lá longe no meridiano 8º53' W contra os meus actuais 125º34' E, fiz três coisas que me dão especial prazer:
1) fui passear na montanha nos arredores de Dili, no caso lá para os lados de Dare, de onde se tem uma vista fabulosa sobre a cidade capital de Timor Leste


e onde a vegetação é luxuriante

2) em resultado da primeira tirei umas fotos interessantes (vd acima) a que se pode juntar mais uma ou outra



e 3) escrevi ou, melhor, comecei a escrever um texto relacionado com o meu trabalho no Banco Central de Timor-Leste. Adoro escrever. É o melhor relaxante que tenho. (eu disse RElaxante e não apenas laxante!...)

Mas houve algo que gostaria de ter evitado...

No frenesim de acabarem de alcatroar as ruas principais da cidade antes das próximas eleições, fecharam a avenida marginal, a Avª de Portugal/Praia do Coqueiros/Avª das Bandeiras (como lhe chamei dada a profusão de embaixadas e residências de embaixadores...). Isto num sábado à tarde em que parece que toda a gente resolveu sair à rua. O resultado foi desviarem o trânsito para a estrada de Comoro, que ficou "empanturrada" por alturas da Presidência da República, no cruzamento daquela estrada com a rua que vem da praia. Resultado, um engarrafamento monstro nesta última, onde eu estava...

Creio que o engarrafamento se tornou ainda maior quando apareceram 2 polícias a quem só faltava usar as orelhas de burro... O resto tinham (quase) tudo... Nomeadamente decidiram que quem vinha na estrada de Comoro tinha direito a andar e os outros que esperassem... Acreditam que devo ter estado cerca de 25 minutos PARADÃO às ordens de suas excelências... Não houve buzinão que os convencesse a dar passagem alternada a uns e a outros... Incrível onde pode chegar a burrice humana... Não lhes ensinem a comandar o trânsito, não!...

Resultado da espera e da "molhada" de carros que se originou, a certa altura o meu "Jaquim" deve ter dado um "beijinho" no taxi à sua frente... Vermelho e amarelo... Só faltou alguém para gritar "Arriba España!..."
Só me apercebi disso quando o taxista, moço novo, saíu do taxi e chamou a atenção do facto. Soltei um pouco as "rédeas" do "Jaquim" e a coisa teria ficado por ali não fora o tipo se ter querido armar em esperto gritando "Money!... Money!". Pensei que tivesse esfolado a pintura do carro embora achasse muito esquisito que tal acontecesse àquela velocidade 0 [zero...]. Saí e fui ver e claro que não havia dano nenhum. Nenhumzinho... E preparava-me para voltar ao carro quando me apercebi que o taxista se preparava para fazer a "manobra" habitual dos timorenses nestes casos: ir ao carro e tirar-me a chave... Cheguei primeiro e ainda houve ali uns empurrões... O que vale é que o carro é de mudanças automáticas e a chave só sai se a mudança estiver no "P"arking... O que não era o caso. Rapidamente resolvi a questão e tirei a chave e guardei-a. Mas a discussão continuava.
O que valeu foi a presença, ao lado, de um carro da UNPOL, a polícia da ONU. Tendo eu pedido a ajuda dele para resolver a questão saíu do carro e pediu ao taxista para identificar os danos... O moço "não dava uma para a caixa" em inglês nem em português e, claro, não identificou nada porque não havia nada, embora ele tentasse dizer que uns esfolões que tinha na ponta esquerda do parachoques, num local onde era impossível o "jaquim" ter tocado, tinham sido resultado do toque. Malandro! Mentiroso!
Sentença do polícia: "no dammage! No problem! Go away!..."
Finalmente o taxista convenceu-se que não estava em dia de "depenar" malai e foi embora... Mas estragou-me um bocado da tarde... O que me valeu para salvar o dia foi o bolo de chocolate que colegas minhas do Banco me foram oferecer ao hotel... Rssss!...

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