quinta-feira, 9 de abril de 2015

Balibó, Maliana, termas de Marobo...

Esta é a crónica de uma viagem que não fiz! Mas roo-me todo por causa disso... :(  Na verdade é o relato possível de uma viagem feita e fotografada por uma amiga minha --- obrigado, Anabela Alves, por ter sido os olhos e ouvidos do "rei"!... ;) --- a quem pedi autorização para reproduzir aqui as fotos que tirou e algumas "legendas" das mesmas. O texto é meu e, tadinha da mocinha, não tem culpa nenhuma das "bocas" que digo... ;)

A viagem, que decorreu no fim de semana da Páscoa, centrou-se fundamentalmente nas povoações de Balibó --- e sua 'tranqueira' reconstruída --- e Maliana mas também nas termas de Marobo, actualmente em obras de reconstrução.
A partir de Dili viaja-se para ocidente, em direcção a Batugadé, a última povoação timorense antes de se chegar à fronteira de Mota Ain (Ribeira de Ain), que separa Timor Leste de Timor Ocidental, indonésio. Ali chegados ruma-se a sul até Balibó.
A estrada está "compostinha", sendo já vários os troços terminados depois de muito tempo em obras para fazer a estrada que liga a zona a Dili e que será, depois de concluída, uma estrada de nível internacional. Sem correrias, o percurso Dili-Balibó deve ser feito em cerca de duas horas, 2h30m...

Vamos às fotos!

First things first, comecemos pelo forte de Balibó. Bonitinho mas, infelizmente (digo eu...) entregue a um "forum" australiano cujo principal preocupação foi perpetuar a memória dos cinco jornalistas australianos que ali foram mortos pela tropa indonésia na altura da invasão de Timor Leste, em Dezembro de 1975 ("os 5 de Balibó"). Referências ao passado português do forte, "lahia" (não existem), a não ser uma foto antiga, na recepção, tal como não existe quase referência aos mortos timorenses naquela época. Feitios... A cada qual a sua verdade hitórica, né?!...
Mais, as obras, apesar de se tratar de um monumento timorense, foram feitas à revelia do órgão de Estado do país encarregue de velar pelos edifícios históricos, a Direcção Geral da Cultura. Qualquer dia ainda se esquecem de içar a bandeira de Timor Leste... Triste...







Preço do quarto? 90 dólares... Upa! Upa!... Como o objectivo não declarado é transformar o local em local de romaria de australianos, tudo bem... ;) Mas é uma pena que se tenha feito tudo para um "nicho de mercado" muito restrito e com o ojectivo referido acima...

É tempo de seguir para Maliana.
Começa-se com uma descoberta: um templo hindu, balinês, no "escafundó de Judas" algures na cidade. Em ruínas e quase tomado pelo mato, até pessoas da região o conhecem mal. A precisar de cuidados urgentes de manutenção.







 O curioso é o nome do templo ou do local onde está implantado: "Tunubibi" significa, à letra, "cabrito assado"...;) Bem bom!
Em Dili, na zona de Taibessi, há um templo semelhante, muito melhor conservado que este mas ainda assim a precisar de obras que o preservem antes que "vá desta para melhor".

A viajante andou também por outros locais em Maliana. Um deles foi o antigo Colégio "Infante de Sagres", da Igreja, e que esta tenciona utilizar parcialmente para seminário da nova diocese.


Campa do fundador, o Pe. Manuel Luís.


Parte do colégio já restaurada


Imagens da parte ainda por restaurar


Amanhã há mais... Ainda em Maliana!

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