quinta-feira, 30 de abril de 2009

Cá vai um exemplar "fantabulástico"...

... de uma caixa de artesanato em vime de Timor Leste, já com uns aninhos em cima (obrigado, JT)!.


É uma maravilha e seria interessante se fosse possível pôr as artesãs de Maubara a reproduzirem algumas destas peças. Há por aí mais fotos deste tipo de peças?

quarta-feira, 29 de abril de 2009

Artesanato de Maubara


Maubara --- a que o Herman José acrescentaria "e seu castelo altaneiro" por causa do seu forte (presumivelmente holandês) --- é conhecida pelo seu artesanato em palha (e, claro, por ser aí que vive, lá no cocuruto da montanha, o Vô Serra...).

No pequeno espaço entalado entre o forte e o mar estão agora três "barracas" de venda de artesanato mas há alguns anos era apenas uma, de uma cooperativa de mulheres locais. O negócio, entretanto, foi-se expandindo.


A oferta de produtos é muito variada e, de uma maneira geral, com bom gosto.


Há, no entanto, sempre espaço para melhorar e, sem desvirtuar as características de artesanato e os desenhos e cores tradicionais, ir ao encontro dos gostos da procura a fim de conseguir aumentar as vendas e, com elas, os rendimentos das mulheres de Maubara envolvidas no processo.
No quadro de alguma reestruturação da cooperação portuguesa em Timor Leste foi definido o que se convencionou designar por um "cluster" da nossa cooperação envolvendo várias dimensões da actividade económica (e não só) de Maubara e, em geral, do distrito de Liquiçá (a que Maubara pertence).
Este apoio centra-se no que se chama o projecto "Mós bele" ("nós conseguimos!", a versão local da palavra de ordem de Obama...). Na exposição "Os dias do desenvolvimento", que decorre hoje e amanhã (29 de Abril) na antiga FIL, em Lisboa (à Junqueira) há uma pequena exposição sobre o projecto.

Ele vai, procurar, no que concerne ao artesanato de Maubara, apoiar as artesãs sugerindo novos produtos e desenhos que permitam ir renovando o seu produto ao mesmo tempo que mantem as suas características de produto artesanal.
Espera-se que o projecto tenha sucesso e que consiga, simultaneamente, recuperar "fazeres" e objectos mais antigos. Há peças destas que são lindas e merecem ser reproduzidas. Não é verdade, João Tolentino?!... :-)

segunda-feira, 27 de abril de 2009

"Pérolas" na net...

Nos comentários à 'entrada' anterior é referido o nome do ex-administrador português de Aileu (o último), o Sr. Adriano Gominho.
Lembrei-me então que em tempos tinha trocado algumas mensagens com ele a propósito de um texto seu, de memórias, disponível na net.
Fui ver se ainda estava disponível e lá está ele em http://beirosdetimor.com.sapo.pt/. É um texto naturalmente marcado pela época (1963-1975) a que se reporta e pelas funções desempenhadas pelo autor mas agradável de ler e que nos remete para um Timor do período que tem por limite as vésperas do início da guerra civil, em 1975.
Do mesmo autor mas agora num registo diferente, de ficção, veja-se também o texto, também disponível na internet, sobre "O tesouro de Yamashita", que se reporta ao período da ocupação japonesa durante a Segunda Grande Guerra.
Finalmente, leia-se também o romance Em busca do Taci-feto.
Uma biografia do autor está disponível aqui.

sábado, 25 de abril de 2009

Onde estava(s) no "25 de Abril"?

Era então aspirante da Reserva Naval, classe de Marinha, e estava... no Serviço de Informação Pública das Forças Armadas! No Estado Maior General das Forças Armadas, então no Palácio da Cova da Moura, ali na Infante Santo, em Lisboa, que se tornou a sede do MFA.
Foi, nomeadamente nos primeiros meses após do "25A", uma época cheia de experiências novas, quase todos os dias, que recordo com alguma saudade.
Foi uma época que, pelo facto de ser "das Forças Armadas" e estar onde estava --- o "velhinho" SIPFA foi transformado depois em Serviço de Relações Públicas ---, bastante em contacto com o público civil (só e apenas um bocadinho mais civil que eu...), éramos vistos como estando sentados mais ou menos à direita de Deus Pai...
As Forças Armadas tudo sabiam resolver, tudo resolviam e eram "pau para toda a obra"!... Desde conselheiro sobre invasão de casas --- então muito em voga ---, sobre problemas de acesso a água entre vizinhos desavindos algures em Trás-os-Montes, a conselheiro matrimonial e sobre "volto ou não volto a Portugal" para alguns até então refugiados/refractários ao serviço militar vivendo no estrangeiro (França, Argélia), fui de tudo um pouco!

Recordo-me particularmente de um (então) refugiado na Argélia que apareceu para tentar saber o que lhe aconteceria (e a outros) se regressasse a Portugal dentro de pouco tempo, nomeadamente queria saber se teria de cumprir ou não o serviço militar e se seria punido por ter sido refractário.
Estávamos, salvo erro, em fins de Maio-início de Junho e claro que o MFA tinha mais que fazer que pensar no assunto. Mas não seria difícil adivinhar que a sequência normal das coisas era a de que tudo seria resolvido "a bem".

Ele ficou informado e disse que iria esperar mais alguns meses para "ver em que param as modas".
Ora, qual não foi a minha surpresa quando, no início de Outubro e quando tive a primeira reunião da equipa docente da disciplina que iria leccionar em 1974-75... dei com ele na sala da reunião! O que se passara para acelerar o seu regresso?

A explicação surpreendeu-me mais que o facto em si, confesso!
No dia em que falara comigo, já perto da hora do almoço, descemos juntos no elevador e eu, moçoilo fardado oficial da Marinha, trazia comigo um livro que estava a ler como preparação das aulas do ano seguinte. Esse livro, uma edição de bolso da Flammarion, chamava-se... "Le Capital" e o seu autor era um tal de Carlinhos Marques, vulgo, em alemão, Karl Marx.
O homem ficou mais ou menos "estarrecido" por ver um oficial da Marinha --- ele não fazia ideia que eu era na altura, acima de tudo, professor universitário e militar apenas em part time...--- com "O capital" debaixo do braço e foi aí que pensou: "???? Um ofical das Forças Armadas a ler "O Capital" Isto mudou mesmo!... Vou mas é buscar as minhas coisas a Argel e voltar para Portugal o mais cedo possível". E assim fez!
Coisas da vida!

PS - "25 de Abril" sempre!

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Uma verdadeira contradição (?)

Estava eu num belo "bate-papo" com uma amiga quando, a propósito de já não sei o quê --- pois... quando nos juntamos os temas de conversa são como as cerejas... ---, me lembrei de uma cena que ocorreu comigo.

Quis "alguém" --- os pais, os antepassados e mais "Alguém"... --- que a minha mulher tenha uma pele muito branca. Ora já nos aconteceu mais de uma vez que moçoilas timorenses comecem a olhar "embevecidas" (?) para ela e acabem por lhe dizer que tem uma pele muito bonita.
Uma das vezes quem o dizia eram duas empregadas de balcão de uma loja em Dili, ambas timorenses (ainda que uma tenha sangue indonésio na "guelra").
Ambas tinham um tom de pele muito bonito, daqueles que muitos "malais" adorariam ter após uma boa temporada na praia: um castanho quase dourado.
As moças desfaziam-se em elogios e a certa altura não resisti a dizer-lhes: "Ora bem! Vamos lá ver se eu entendo... As "malai", branquelas, vão para a Areia Branca para ficarem com o vosso tom de pele, que é lindo, e vocês, que graças ao bom Maromak, já nasceram com ele querem ser "branquelas" como as malai?!... Como é? Alguma coisa está errada... Porquê essa fixação em ter um tom de pele claro?!..."

Em complemento, já devem ter notado que não há um único apresentador das estações de TV da Indonésia que não seja um "branquelas" meio deslavado...
Aliás, uma parte das sociedades asiáticas tem o mesmo "tique". Lembro-me de há alguns anos a única pessoa que em Dili andava com um "chamativo" chapéu de abas largas na cabeça, tipo "Ascot", era uma japonesa que, salvo erro, dirigia uma das agências da ONU. E tudo isto porque, naturalmente, não queria que o sol queimasse aquela sua cutis do tipo "branco leite de colónia"... ("De Colónia é o leite que você deve usar p'rá beleza realçar" --- lembra-se do anúncio :-)?!... ).

Creio que tudo deve ter que ver com a ligação mental entre a cor da pele e o status social no tempo colonial. É tempo de acabar com isso, não?!... :-)

quarta-feira, 22 de abril de 2009

Biblioteca Digital Mundial, da UNESCO

O TLN refere, e outras fontes já o tinham feito também, a recém-criada Biblioteca Digital Mundial, onde se reproduzem, on line, muitas obras referentes a vários países.
Emr elação a Timor Lestee stá disponível apenas uma obra que pode ver vista aqui. Como diz o TLN, "trata-se de um livro, da autoria de Afonso de Castro, um capitão de infantaria do Exército Português que serviu como governador de Timor-Leste no período de 1859 a 1863, que pode ir analisado online e que é um dos primeiros estudos históricos desta antiga colónia Portuguesa.".


Vá lá espreitar!...

sábado, 18 de abril de 2009

Ali para os lados das termas de Marobo...

Quem vai até Bobonaro faz mais uns quilómetros e dá uma saltada até às famosas termas de Marobo --- ou ao que resta delas...
A estrada entre Bobonaro e Marobo não é má de todo mas os últimos quilómetros, já perto das termas, são assim a modos que... Bem... o melhor é verem com os vossos olhos!...


Mas enquanto se chega lá e não chega, dá para aproveitar a viagem e gozar a beleza natural quase indescritível.
De facto, as termas encontram-se num autêntico "buraco" no fundo de uma das vertentes da montanha que, em Timor, mais "mexe" comigo: o Cailaco. Já perto delas, é impressionante a vista que se tem até ao cimo da montanha. Sentimo-nos pequeninos, pequeninos, pequeninos!... Aquela montanha, vista dali, "esmaga-nos" ainda mais que de outro local qualquer.

Espantado fiquei também quando vi que naquela zona também se cultiva arroz aproveitando os socalcos feitos há muito.

Chegados às termas, o espectáculo que se nos depara é o que está ilustrado nas fotos abaixo: elas não são mais que ruínas. Creio que já se falou na hipótese de as recuperar mas o investimento terá de ser enooorme, não só para as ditas cujas como também para dar uma melhorada (e que melhorada!...) nos acessos. Pior do que estes só vi, já lá vão uns bons anos, o acesso à praia frente ao ilhéu Jaco, numa época em que resolveram "melhorar" a estrada, já de si horrível, despejando nela umas quantas toneladas de pedregulhos de tamanho razoável --- do que haviam de se lembrar!...

Já no caminho de regresso demos com uma "tecelã" de tais trabalhando num com os desenhos mais característicos da região (os famosos tais de Marobo só usam duas cores: o preto, predominante, e o branco, para os desenhos).



quinta-feira, 16 de abril de 2009

Ainda sobre os túmulos em Timor Leste

De um leitor --- ora viva! Tudo bem consigo? --- da 'entrada' anterior recebemos o seguinte comentário:

"São,de facto,muito peculiares tanto a arquitectura dos túmulos, como a sua decoração. Para além dos mencionados em Díli, é interessante notar na zona de Liquiçá onde aparecem muitos inspirados na bandeira como pala do túmulo de D.José Nunes em Maubara; ou o túmulo no cemitério em Aileu copiado do monumento ao Infante D.Henrique em Díli.
Outros túmulos têm inscrições curiosas, tanto em relação às viagens que o defunto em vida fez a Portugal, ou até à hora da sua morte. Tenho coleccionado fotos de túmulos por todo o território, constatando-se o desaparecimento dos outrora abundantes túmulos com armas nacionais portuguesas. Subsistem, de facto, poucos.

RBF"

RBF é, muito provavelmente, dos portugueses que melhor conhece Timor e os Timorenses, tal como o património edificado pela Administração portuguesa.
Ele refere pelo menos duas situações: a da campa do liurai de Maubara, D. José Nunes, e a das campas, espalhadas um pouco por todo o país, em que é evidente a utilização dos símbolos nacionais portugueses, nomeadamente a bandeira e/ou o escudo.

A campa do liurai de Maubara é a que está retratada abaixo e encontra-se no amplo terreiro por detrás do forte de Maubara. Reza a história (ou a "estória"? Ou a lenda?) que o liurai pediu para ser sepultado à sombra da bandeira portuguesa. A forma prática de cumprirem o seu último desejo foi construir, por cima da campa, um "telheiro" com o escudo português e que representa a bandeira nacional esvoaçante. Terá sido esta a origem de se verem, espalhadas pelo país, campas com o mesmo tipo de "telheiro".


Um exemplo de outra campa com símbolos portugueses é esta (abaixo) no cemitério de Maliana.


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quarta-feira, 15 de abril de 2009

Talvez seja a despropósito...

... mas a verdade é que, vendo e revendo as "paletes" de fotografias que por aí tenho, dei com umas tiradas há algum tempo no Cemitério de Santa Cruz. Sim, que eu tenho uma certa "pancada" e uma vez resolvi calcorrear o Cemitério de Santa Cruz quase palmo a palmo...
Digo-vos que foi uma lição de história (e não só) interessantíssima. E também uma lição de como os timorenses se relacionam com os seus mortos --- o que é quase tão importante para eles como a forma como se relacionam com Maromak.

Sob o ponto vista da História, ali se podem encontrar quase lado a lado as campas de um coronel Rocha Vieira --- logo à entrada, em cama rasa e quase sempre coberta de pó e folhas, o que a torna quase imperceptível --- e a de um antigo "deportado social". Ou a do famoso "Arbiru".



À direita da porta principal, na 2º ou 3ª fila de campas, chama a atenção uma campa com o escudo português e sem qualquer identificação. Soube posteriormente que é a do Engº Canto Resende, o que sossobrou ao cativeiro japonês durante a Segunda Grande Guerra.



A especial relação dos timorenses com os seus antepassados está bem patente na forma como, principalmente no Dia de Finados, decoram com flores as campas do cemitério --- tal como fazem com as que se situam junto das suas habitações por o cemitério estar, há muito, a "rebentar pelas costuras" (para quando um novo?).


Essa relação está também bem patente em algumas campas onde se encontram objectos que eram de uso pessoal do falecido. Foi assim que já lá vi campas com pratos e colher, com canecas de chá e esta, abaixo, com... um biberão com leite!


Doutra vez, bem em cima da ponte de Bidau, dei com a cena abaixo: dois dias antes tinha ali morrido um motociclista e no Dia de Finados lá fui encontrar as inevitáveis velas mas também cigarros e... um pão!


Podem pensar que é algo macabro, mas aconselho quem puder a fazer uma vista cuidada aos cemitérios de Dili, particularmente ao de Santa Cruz. Até poderão encontrar uma campa, logo na entrada, em que os pais resolveram homenagear a memória do filho parafraseando um conhecido poema de Camões: "Filho meu gentil que partiste..."

Um autêntico livro aberto, aquele cemitério!
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terça-feira, 14 de abril de 2009

Ver para crer...

... que estas duas fotos são... do mesmo local: a ribeira em Bidau-Santana, em Dili!



PS - fotos tiradas de cima da ponte da "baía dos porcos"

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Aproveitem agora que ainda há...

A propósito da Páscoa lembrei-me de uma pequena "estorinha": há tempos tive de entrar nos Correios em Dili e quando me despedia das funcionárias, já minhas velhas conhecidas, uma delas atirou-me: "E quando vier para o ano não se esqueça de me trazer um pacote de amêndoas da Páscoa porque há muitos anos que não as comemos!"
Logo que tive portador para lá andei à procura de amêndoas mas o pior é que, fora da época, é difícil encontrá-las. Por fim lá descobri uns pacotes e enviei-os para lá. E já cá "cantam" mais à espera do próximo transporte...


Outro "produto" "tipicamente" português são... os teclados de computador com os caracteres portugueses (bem feito! Julgavam que eu ia falar de chouriço de sangue para as favas ou de morcela, não?!...). É coisa que não existe à venda em Timor, onde todos os teclados que lá desembarcam são em inglês... Mas também já os vi em... tailandês!


Moral da história: quando vou daqui vou carregado de teclados; já lá devo ter posto mais de duas dúzias! Só numa instituição que eu cá sei estão seis!... E sei de quem, em tempos, procurou carregar um contentor com teclados aproveitados de instituições portuguesas que, no âmbito da renovação do seu parque informático, ficaram com excedentes de teclados. Alguns nem chegam a pesar meio quilo! Já levei alguns com 453 gramas! 2 ou 3 "encaixam" perfeitamente numa mala de viagem... (claro que sei que os teclados 'internacionais' podem ser programados para usar os caracteres portugueses mas ou o utilizador fixa onde eles estão ou tem de escrevê-los no teclado... Um teclado português é muito mais 'clean'...)

Tudo isto para lembrar que há "pequenas grandes" coisas que estão ao nosso alcance e que farão a felicidade de muitos dos nossos amigos timorenses e nem nos lembramos delas. Pois aqui fica a sugestão: da próxima vez que forem a Timor levem... pacotes de amêndoas de Páscoa e teclados com caracteres portugueses... :-) Aproveitem agora que as amêndoas vão entrar em saldo...

domingo, 12 de abril de 2009

Bébé Nestlé, versão timorense!

Lembram-se dos anúncios sobre o bébé Nestlé?!... Ai se eu, na ocasião, já tivesse tirado esta foto!... :-).
Sê feliz, miúdo!...

sábado, 11 de abril de 2009

Nem tudo o que parece é!...

A primeira vez que passei por Mehara, no distrito de Lautém, na ponta leste, perto da lagoa de Iralalara, fiquei intrigadíssimo ao passar por uma igreja com um nome que me levou a pensar "Não! Não pode ser o que estou a pensar!...". A igreja é a que está retratada abaixo e ao lerem o nome que está no frontispício calculam o motivo da minha admiração, não é?!...

Pois, de facto, nem tudo o que parece é: o que lá está escrito metade em indonésio e metade em português é tão somente "Igreja de Nossa Senhora de Fátima". Uf!... Calculo o susto que os brasileiros apanham quando passam por ali...

Já agora vejam o interior (extremamente simples, como seria de esperar) e as imagens da padroeira que fazem parte da sua colecção:


As imagens, explicou, solícito, o sacristão, têm origem variada: a da esquerda, já mais degradada, será a original, oriunda de Portugal, e as outras são cópias produzidas na Indonésia. Aliás e se bem me lembro, a própria igreja terá sido construída durante o período indonésio para substituir uma outra que existiria anteriormente. Daí a designação em indonésio.

quarta-feira, 8 de abril de 2009

A culpa é da minha "parceira" de blog!... :-)

Pois é!... Primeiro esteve doente, com direito a evacuação para Darwin e tudo; depois meteu-se por montes e vales de Timor Leste; a seguir apareceu mais e mais trabalho e anda quase a bater o recorde: trabalhar 25 horas por dia... Moral da história: sobrou para mim a tarefa de ir entretendo os leitores com algumas "estorinhas". (Desculpe a "traição", LM!... É brincadeirinha minha só desculpável pela enorme admiração que tenho pelo trabalho que está a fazer em e por Timor!)

Desta vez lembrei-me que uma parte dos leitores do "Livro" não vive em Timor há já alguns anos e estarão ávidos de ver "bonecos" da sua terra --- própria ou adoptada. Assim e especialmente para eles resolvi "postar" aqui algumas das "cartas ilustradas" que há algum tempo escrevi aos meus amigos dando-lhes conta das minhas andanças por esse "Timor, que o lenho manda Sândalo, salutífero e cheiroso" do Canto X dos Lusíadas.
Uma das cartas é sobre um fim de semana em Baucau. Aqui está ela na forma que lhe dei na ocasião (clique nas imagens para as tornar legíveis). Se ela servir para matarem saudades e/ou incentivar o turismo em Timor Leste, melhor...






segunda-feira, 6 de abril de 2009

A cara da notícia (sem cara...)

No passado sábado o blog TimorLorosaeNação publicou uma notícia (?) sobre o Fundo Petrolífero de Timor Leste (traduzida do original da revista americana FORBES) que me fez rir e que comentei no É a economia, estúpido!....

Esta "estorinha" é apenas para recordar --- sem foto, para manter o mais possível e apesar de tudo, a privacidade do visado --- alguns dos passos principais do "personagem principal" da notícia da FORBES, o meu colega do banco central de Timor Leste Venâncio Alves Maria.
Conheci o Venâncio em Março de 2000, quando, integrado no primeiro grupo de economistas timorenses a visitar Portugal, esteve a frequentar um curso no INA-Instituto Nacional de Administração, em Oeiras, de que fui professor.

Recordo que na altura era um dos dois que dominava pior o português já que, sendo um dos mais novos, toda a sua escolaridade tinha sido feita em indonésio. Mas pressentia-se já que era "vivo" e seguiu com interesse as aulas através da tradução que lhe foi sendo feita para o inglês.
Se recordo este aspecto "linguístico" é para salientar o enooooormeeee progresso que fez desde então, dominando hoje bastante bem --- ainda que com algum "tropeção" de vez em quando... --- a língua em que o leitor me lê.
O "tropeção" mais engraçado foi quando há alguns anos atrás, numa das primeiras aulas de português em que participou, respondeu convicto e com o permanente e "escancarado" sorriso que o caracteriza que o par do "galo" era... a "gala", pois claro! (claro que o 'disparate' é do português, armado em machista, que resolve dizer que a fêmea é uma "-inha"... "Galinha" devia ser o pinto e não a "gala"!... Certo?)

Esta referência serve também, numa perspectiva mais alargada, para salientar o enorme esforço de aprendizagem do português que muitos timorenses têm feito nos últimos anos e que lhes permite expressarem-se na nossa língua com muito mais desenvolvtura que anteriormente. A necessidade aguça o engenho e a natural facilidade dos timorenses para as línguas faz o resto...

Tal como refiro no blog sobre a economia de Timor Leste, o Venâncio é ainda um exemplo de uma jovem geração de funcionários/empregados que se sente que têm orgulho no que fazem e procuram fazê-lo cada vez melhor, aproveitando as oportunidades de formação que lhes têm sido oferecidas. Talvez por isso já foi eleito pelos seus colegas, creio que mais de uma vez, como o melhor funcionário do banco central.
É por ter pessoas assim que tenho confiança no futuro do país --- embora por vezes alguns políticos me façam vacilar na minha "fé"... :-). Indubitavelmente o futuro de Timor Leste estará nas mãos da geração que tem hoje 35-45 anos. O que, sendo provavelmente uma verdade "lapalissiana", não deixa de ser encorajador!

Há alguns anos atrás um banco privado que actua no país "desencaminhou-o" e ele deixou o banco central. A experiência não durou muito... Mesmo com prejuízo material imediato compreendeu que o banco central lhe abria as portas de uma formação e de um progressão na carreira que lhe estavam vedadas no banco privado. E passado uns tempos tínhamos o Venâncio de volta. Em boa hora.

domingo, 5 de abril de 2009

Venha um qualquer...

Cá para mim, em Timor, tanto faz!... Venha um peixe qualquer...




... desde que, como estas bicudas,...
... ou os peixes papagaio (azul esverdeado) mais acima acabe assim!...


Mnh!.. Mnh!... Mnh...

PS - 'tá bem! Eu sei! O pudim de café do "Carlos" deveria estar ali só para enfeitar... Esteve... :-)

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Uma lição de marketing comercial!...

Este é, seguramente, um dos melhores anúncios que já vi/li. Simples! Directo ao assunto!... Uma autêntica lição de marketing!... "Penhor Formosura: atende dificuldade sem dificuldade". Melhor (?) só "resolve dificuldade sem dificuldade!" 20 valores!...

Letreiro na Rua 15 de Outubro, em Audian, Dili