O objectivo era visitar a casa e abrigo onde Konis Santana, um dos principais líderes da resistência armada à Indonésia (F. 11MAR98) tinha vivido escondido dos indonésios durante uma dúzia de anos bem como o túmulo onde repousam agora os seus restos mortais antes de serem (proximamente, ao que consta) transladados para o cemitério de Metinaro onde repousam outros heróis da resistência armada.
Chegados a Tibar continuámos em frente, tendo passado pelo centro de formação profissional apoiado pela cooperação portuguesa e depois começámos a subir a montanha.
A estrada está "suportável" até Railaku mas a partir daí é o (quase) descalabro durante uns bons quilómetros, até perto de Gleno.
Zona por excelência de produção de café em Timor Leste, largos troços de estrada estão rodeados de caféeiros que estão neste momento numa segunda floração e produção.
Como não sabíamos exactamente o local por onde, a partir da estrada principal, se acedia ao local que pretendíamos atingir o remédio foi mesmo ir perguntando. Felizmente a "chefe" da expedição fala tétum e entendeu-se com as pessoas e depois de nos metermos por verdadeiras "picadas" conseguimos chegar ao destino ... derca de 2h30m depois de sairmos de Dili.
Escola básica da aldeia onde está a casa, no suco de Mirtuto, em Ermera
Casa onde está o esconderijo usado por Konis Santana
Visão parcial do "corredor" do esconderijo. Foto tirada da "boca do túnel"
que dá para o exterior e servia de saída de emergência
Actual campa de Konis Santana. Curiosamente e obedecendo a uma tradição de Lospaos, de onde ele era originário, a cabeça não está junto à cruz. A posição em que a campa foi construída e a tradição de Lospalos de os mortos serem enterrados com a cabeça virada para a sua terra natal, obrigou a colocarem o corpo no sentido inverso, com os pés junto da cruz
Cumprida a missão que nos levou ao local, voltámos para Dili, "apanhando" com os mesmos buracos na estrada que tínhamos "apanhado" a subir a montanha.
Pelo caminho nada de novo a assinalar, a não ser os vários túmulos "monumentais" que surgem aqui e ali homenageando os mortos locais durante a luta de libertação.
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