sexta-feira, 8 de abril de 2016

Oecusse: circuito 2

No segundo dia de estada em Oecusse o passeio foi para leste de Pante Makasar, em direcção à fronteira de Citrana, perto do mar mas sem chegar lá.

Foi uma viagem curta, de cerca de 40 kms ida e volta entre o hotel na praia de Mahata e o ponto assinalado no mapa abaixo com a "mãozinha".


Saimos do hotel e fomos matabichar ao agradável espaço das madres dominicanas, junto ao mar e à actual residência do Presidente da Região Administrativa Especial de Oecusse-Ambeno, edifício que foi o hospital do tempo da administração portuguesa.


Matabicho "a bordo", arrancámos e voltámos a passar pela ponte e pela barragem que estão em construção. Ao longo do caminho admiraram-se os montes, de rara beleza, dos arredores de Pante Makasar.




A estrada a seguir à ponte, em direcção a uma outra mais antiga e a montante da nova e da barragem de irrigação, está em processo de modernização, com alargamento e pavimentação. Esta obra faz parte da renovação da via até à fronteira sul.




Feita a passagem da margem direita para a margem esquerda da ribeira de Tono, deparámo-nos, um pouco mais adiante, com outra maravilha de Oecusse... ;)


Pelo caminho fomo-nos cruzando com pessoas que, adivinhava-se, calcorreavam a pé vários quilómetros com a sua carga à cabeça. A maioria eram mulheres. 



Oecusse é muito rico em gado e em zonas dedicadas ao cultivo do arroz. Pelo caminho vêm-se vários arrozais --- ainda não foi iniciado o cultivo --- e algumas manadas de búfalos ou de "vacas de Bali".


Peixívoro ( :) ) por execelência, ficaram-se-me os olhos nestes peixes que um vendedor (e pescador?) transportava, eventualmente para venda na cidade. Olhem bem os olhos deles! Fresquíssissimos... ;) . Um bicharoco destes grelhado, acompanhado por vegetais locais (flor de bananeira, flor de papaia, canco, baria, etc), deixar-me-ia feliz por algum tempo... ;)


Interessantes também são algumas das habitações tradicionais da região, na sua forma cónica e de paredes até ao chão para reduzir a entrada de calor (e de animais?)


E lá fomos encontrando mais pessoas, novos e menos novos... ;)



A certa altura damos, quase no final da nossa viagem de ida, com uma lagoa de dimensão razoável. 



Foi mais ou menos nessa zona que decidimos voltar para trás.

O percurso fez-se sem pressas, parando aqui e ali para observar mais de perto um ou outro terreno "à beira-mar plantado". Quem sabe se não vai ser ali a minha casa de praia e para a reforma!... Rsss

De volta a Pante Makasar chegámos novamente à zona da barragem e, mais adiante, da ponte em construção.





Chegados à cidade ainda houve tempo para, antes do almoço, ir visitar uma construção portuguesa que hoje é referida pelos locais como sendo a "prisão" mas que é, na verdade, a antiga "tranqueira" portuguesa local.




No seu interior foi construida uma gruta que abriga uma estátua de Nossa Senhora.


Do local admira-se uma vista soberba sobre todos os arredores, como era usual na construção da maior parte das tranqueiras, destinadas a abrigar os representantes da administração portuguesa em caso de "sarrafusca"... ;) . Em baixo pode ver-se parte da vista para poente, incluindo o aeroporto em construção.


Hora do almoço. Paragem no "Kakau", a funcionar num anexo ao antigo convento das dominicanas, para comer um bife de pimenta muito razoável... mas que tinha um pouco de pimenta a mais... Não sei porquê, já que eu não tinha dito nenhum palavrão!...

Para o pós-prandial uma nova e última visita do dia antes de irmos dar uma descansada e tratar das fotos entretanto tiradas... Uma visita à novíssimaa central electrica que agora garante energia 24h por dia à RAEOA.





E "prontes"!... Por hoje é tudo... Agora vou dar uma esticada nas pernas até ao próximo espectáculo de pôr do sol...





Sem comentários:

Enviar um comentário