Primeira paragem: matabichar no café das Dominicanas, o único local em Pante Makasar onde se pode matabichar minimamente bem ainda que de uma forma simples.
Depois foi a partida até uma bomba de gasolina para dar de beber ao primo do "Jaquim", que tem uma matrícula 4 números acima (ou abaixo? :) ) da deste... Barriguinha cheia (o pópó e nós), fizemo-nos à estrada passando pelo antigo quartel português (actual quartel da polícia de fronteira). Brevíssima paragem para tirar umas fotos "encomendadas" por um amigo que ali prestou serviço há bué de anos...
Como se esperaria (?), as instalações do antigo quartel estão abandonadas e com sinais de evidente degradação. À frente delas foram construidas as instalações do novo quartel da UPF (Unidade de Polícia de Fronteira).
E agora sim, prego na tábua e lá vamos nós. Primeiro em direcção à ponte que actualmente liga as duas margens da ribeira de Tono e depois em direcção a Passabe.
Na continuação do caminho demos com esta vista de uma ribeira, quase seca...
O grande momento da viagem acabou por ser a passagem, a vau, da fronteira com a Indonésia no leito de uma ribeira onde fizemos questão de, no regresso, parar para "almoçarmos" uma sandocha... Exactamente aqui!
Esta é a ribeira que é atravessada pela fronteira entre Oecusse (Timor Leste) e Timor Ocidental (Indonésia). Parámos no "banco de areia" (na verdade mais calhaus que areia...) que se vê à direita da foto e foi aí que "almoçámos" NA INDONÉSIA E SEM TER MOSTRADO O PASSAPORTE!
Aliás e como se calcula, os timorenses fazem-no permanentemente pois para passar de um lado para o outro da ribeira --- e de um tramo de estrada num lado para outro na outra banda --- têm de passar pela Indonésia, onde muitas vezes as crianças aproveitam para tomar banho e os adultos para dar banho às motos e às "angunas".
E onde até as vacas de dessentam nesta quase terra de ninguém... Desconfio que parte desta pequena manada estava em Timor e outra parte na Indonésia...
O caminho de volta, exactamente o mesmo da ida, não trouxe nenhuma novidade especial. A não ser a de nos termos perdido no ponto de atravessar a ribeira de Tono e em vez de apanharmos a ponte que tínhamos atravessado na ida vimo-nos no meio do leito da ribeira à procura do buraco da agulha, isto é, de um ponto onde pudessemos subir para a margem direita da mesma.
Nestas coisas diz a experiência que melhor que "inventar" é seguir os locais... E foi o que fizemos e assim conseguimos atravessar a ribeira e chegar à outra margem não sem antes tirar uma foto à face juzante da barragem em construção (já agora: porque não fazem mais barragens como esta em algumas das principais ribeiras do país?!... )
Lado a lado, no estaleiro da empresa que constrói a barragem, as bandeiras de Timor Leste e da Coreia do Sul, país de origem da empresa construtora.
Uf! Finalmente de regresso a Pante Makasar e a um "complemento do almoço" no café-jardim das freiras Dominicanas!
Mais uma excelente reportagem... com uma escrita ligeira, divertida mas muito rica em factos concretos, o autor leva-nos a conhecer paisagens, usos e costumes de TL. Bem Haja..
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