terça-feira, 25 de agosto de 2009

Por terras de Baucau e Vikeke

Na viagem que fiz em demanda da costa sul e de um local onde pôr os pés de molho no "tasi mane" passámos por locais e paisagens bem interessantes, algmas das quais foram uma descoberta para mim, sendo que outras já conhecia, como o percurso entre Baucau e Venilale. Daí em diante tudo foi novo para mim.

Começou com a visão, mais de perto, do monte "Mundo Perdido", cheio de lembranças da luta de resistência à Indonésia e coberta por uma vegetação que em certos momentos me fez lembrar a "minha" Arrábida.

Ainda a pensar na paisagem deslumbrante do "Mundo Perdido" chegámos a Ossu, tendo sido recebidos, logo à entrada da vila e "com pompa e circunstância" (mais um pouco e ficávamos lá dentro...), por um dos maiores buracos que encontrámos na estrada (8º 44',27 S e 126º 22',35 E; 770mts).

Continuando a subir a caminho de Vikeke passámos pelo chamado "buraco de vendo", uma curta distância onde o vento é tão forte, tão forte (e frio...) que desisti de abrir a porta do carro (do lado nascente, de onde soprava o vento) e tirei a foto mesmo de dentro do jeep. Uma paisagem espectacular!... Um vale enorme que se estende até terras de Lospalos, com vários socalcos onde se via plantado arroz (a segunda sementeira do ano).


Por montes e vales (ou, melhor, por montes e buracos...) lá fomos andando até chegarmos às famosas cascatas de Loihuno, onde o Tour de Timor faz (hoje) uma escala. É mais um espectácuo lindo, com uma vegetação luxuriante e, pasme-se, um aproveitamento das águas para piscicultura.Depois de mais uma curta paragem e de umas quantas fotos seguimos para Vikeke, onde chegámos "com a barriga a dar horas" cerca das 13h. Procurámos um restaurante e descobrimos um um pouco menos "manhoso".
Comemos o que havia --- comida timorense, claro, relativamente saborosa --- e pagámos o já esperado "preço para malai": 5 USD por pessoa, quando os meus colegas timorenses pagariam cerca de 1,5 USD... Mas como, nestas coisas, procuro sempre olhar para elas com uma perspectiva de "banqueiro central" (ena! ena!...) especialmente interessado em pôr o dinheiro a circular, paguei sem reclamar... Provavelmente foi por isso que a "estalajadeira" se riu desta maneira... Ou será (mentirinha minha mas faz de conta porque poderia ser...) porque eu lhe "disse" que íam tapar todos os buracos da estrada entre Venilale e Vikeke? (recordo que este diálogo NUNCA existiu... Sou só eu a imaginar coisas...)

Com o estômago mais confortado, voltámos aos nossos "queridos" buracos na estrada em direcção a sul, ao "tasi mane", passando por uma zona (Ratahu) de palmar de um lado e do outro da estrada, com as palmeiras como que "abrindo alas" em sentido para nos deixarem passar. Afinal nós merecíamos, tal o "estoicismo" de que demos provas no caminho...


E finalmente, já quando quase desistíamos de ver o "bendito" "mar macho", chegámos a Adarai e à sua praia. Mas isso já vocês sabem...

Sem comentários:

Enviar um comentário