Depois de "tocar" no "tasi mane", eram horas de regressar, não à origem (partiramos de Dili) mas a Baucau, onde pernoitaríamos na Pousada, já minha conhecida de tantas outras estadas.
Pelo caminho, nem sempre fácil devido ao estado das "estradas" naquela região, fomos "bisando" as paisagens mas a verdade é que, se aparentemente tudo era igual, elas nos pareciam (algumas, pelo menos) agora diferentes sob a luz amarelada do entardecer.
Para "lavar os olhos" de alguma "secura" que se via, lá aparecia, de vez em quando, um extenso arrozal, verdejante e com as espigas do arroz da segunda sementeira bem desenvolvidas.
O que nos chamou a atenção foi a existência, de quando em quando, de algumas "bancas" ao longo da estrada vendendo produtos hortícolas e deixando adivinhar a significativa pobreza de muitas pessoas e a falta (ou, pelo menos, a grande dificuldade) de acesso a dinheiro vivo, já que a economia daqueles locais parece estar muito pouco monetarizada (desculpem o "olhar" de 'banqueiro central' a tempo parcial...)
Curioso foi termos visto, num ou noutro local, o famoso "milho da fome", as espigas que estão penduradas em árvores para as proteger dos ratos e que servirão de alimento se e quando os alimentos quase se esgotarem na família.
Chamou-nos também a atenção a quantidade de pessoas, principalmente crianças, que àquela hora, agora mais fresca, se dirigiam às fontes espalhadas oelo caminho para se abastecerem de água.
Finalmente, depois de cerca de três horas e meia de caminho, chegámos à vista de Baucau e dos famosos montes Matebian ("feto" e "mane", isto é, "mulher" e "homem", aquele à esquerda do primeiro e um pouco mais baixo que ele.
A primeira (e mais longa) das duas jornadas estava terminada. Ao fim de 12 horas quase "sempre a andar". Domingo de manhã seria a visita à praia de Baucau, uma possível banhoca e o regresso a Dili.
Mas isso fica para amanhã. Ou depois...
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