A "uma lulik" é a casa sagrada de qualquer família timorense. Entenda-se: família alargada, e não família nuclear, como tradicionalmente a conhecemos no Ocidente (e não só). Aqui como em quase todas as sociedades economicamente menos "afluentes", o que interessa é o grupo e não o indivíduo.
Um exemplo muito interessante de uma lulik é a que está quase no cima da serra que circunda Dili, na estrada para Aileu, a cerca de 30 kms de Dili.
Em 2005 ela tinha acabado de ser construída e apresentava o aspecto abaixo: linda, toda "direitinha", uma belezura!
À sua frente, como usual, o altar circular de pedras com o conhecido tronco "trifurcado". E nem vestígios da cruz cristã.
Há dias voltei a passar por lá e lá estava ela mas agora quase irreconhecível por causa dos "apêndices" que lhe juntaram: um pequeno abrigo, um letreiro e uns mastros. Provavelmente cansados de dar tanta explicação aos passantes, os "curadores" resolveram pespegar à sua frente um enorme letreiro que esconde um bocado da casa.
Enfim: assim, com um bocado de mau gosto, se alterou significativamente o visual da casa sagrada, agora meio-escondida.
Numa manifestação que já vira noutro local, acrescentaram também uma cruz. Não vá o diabo tecê-las...
terça-feira, 11 de agosto de 2009
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Como o tempo muda as coisas, não é ?
ResponderEliminarHá bem pouco tempo, tive uma sensação semelhante ao visitar a casa dos meus avós, e da minha infância. A gente olha, e de repente, volta atrás no tempo, fica parado... é uma sensação.... estranha, familiar, eu sei lá...
Um óptimo fim de semana...
Rolando