quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

"Fúria das Montanhas"

É conhecida a ligação entre os timorenses e os seus kudas, os cavalos de pequena estatura --- assim mais ou menos à medida dos homens da terra... --- que se colam às montanhas para as trepar pelas veredas estreitas por onde os seus donos os levam.
Mas não é de um kuda que vos quero falar hoje. Quero falar, isso sim, de uma "coisa" completamente diferente: de um cavalo c-a-v-a-l-o!... E que cavalo! Aliás, "o" cavalo!
Cada vez que o vejo à beira-mar em Dili, nos seus passeios de fim de tarde (cerca das 18h) no areal da praia frente à casa do "bispo amo" e do jardim de Nossa Senhora da Conceição, não consigo tirar os olhos dele, tal a beleza do animal e o seu porte.


De um preto "acastanhado" ou de um castanho muito escuro, quase preto, lustroso , de olhar vivíssimo, "Fúria das Montanhas" é o seu nome --- apesar de nunca ter posto "pé" nas montanhas, já que se trata de "bicho fino", usado apenas em corridas quer em Timor quer, por vezes, na Indonésia. De onde é, aliás, proveniente, tendo sido trazido para Dili pela mão do seu dono, o conhecido "Bigodes", ex-dono de um dos restaurantes mais conhecidos de Dili graças à sua mestria na confecção de mariscos: "vamos ao 'Bigodes' comer camarão?!..." era desafio costumeiro há uns bons anos atrás, nos tempos "heróicos" dos primeiros anos do Timor Leste pós-Indonésia, em que os restaurantes dignos desse nome se contavam pelos dedos de uma mão --- e ainda sobreva um ou outro...


Adora a água e num dos muitos dias em que o vi fazendo exercício e a refrescar-se no mar tirei-lhe estas fotos, deitado dentro de água para se aproveitar da sua frescura.


E, depois de se levantar num movimento que diz bem da sua "garra" e força, deitou-se na areia, rebolando-se, feliz e contente, qual gaiato que adora encher-se de areia nem que seja como desculpa para depois voltar para a água. Ó felicidade!...

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