sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Mais uma "estorinha"...

..., esta a propósito da 'entrada' sobre comida em Timor Leste que está abaixo.

A "estorinha" tem que ver com um comentário de uma amiga minha a propósito das moedas do país.
Quiseram os deuses que eu tivesse estado envolvido muito de perto no processo de criação das moedas de "centavos". Essa é uma "estóriazona" que fica para mais tarde. Agora quero apenas recordar, a propósito do que se disse abaixo sobre o milho, uma "estorinha", um comentário que foi feito ao desenho de uma das moedas.

Sabendo do meu envolvimento no processo e de como se chegou ao perfil das moedas actualmente existente --- ai julgavam que as moedas "nasceram" no desenho logo assim?!... Estão muito enganados!... Houve várias versões até se chegar ao aspecto que elas têm... ---, uma amiga minha, profunda conhecedora da cultura timorense por ter feito investigação de natureza socio-antropológica ali para os lados de Lacló no início dos anos 70, disse-me, ao saber que a moeda de 5 centavos representava uma espiga de arroz:
"É pena! Devia ter sido escolhida uma espiga e maçaroca de milho! O milho é que deveria estar representado na moeda pois ele é que é o alimento mais tradicional dos timorenses, particularmente nas montanhas".

Pois é... Só que alguém, lá muito "em cima", sugeriu que fosse o arroz... E arroz ficou. E até "calhou" bem porque o ano seguinte ao da emissão das moedas (postas a circular a 10 de Novembro de 2003) foi definido pela ONU como o "Ano Internacional do Arroz", o principal alimento a nível mundial.

Já agora um segredinho aqui para nós que ninguém nos ouve: a espiga de arroz representada na moeda de 5 centavos secou (claro...) e foi emoldurada... E está onde deve estar.














E já agora outro "segredinho": a espiga original é a que está acima e por malabarismos dos desenhadores das moedas foi "duplicada" para fazer a que se vê na moeda. Artistas!...

Terceiro e último "segredinho": a espiga é de Aileu! Foi fotografada na Quinta Portugal, explorada pela Missão Agrícola portuguesa, no final de Abril de 2003.

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