sábado, 17 de janeiro de 2009

"O livro das contradisoens": os porquês... (in English!... Com tradução abaixo)

The contradiction book: contradiction is what you see the most, even in your own soul, when you live here. Mountains falling abruptly into beaches; heat and cold; so many heritages in a tiny place. I've heard so many call this place 'rai ki'ak' (poor country), and yet there's so much around us here.

Beauty and pride in the Tetun verses sung on the beach by moonlight, celebrating Independence Day.

Timelessness fascination in the half-forgotten stories told by the women in woven blankets. Did you ever used a story to wrap yourself against the cold, in a chilly morning in the mountains?

Men and women: voice and drawings. In a Timorese village, women's voices can be silently heard in the stories woven through their hands.

Laughter and shadows, because a story has to be either comic or about ghosts to be worthy of praise here.

Pacific? Or Asia? Or a dream of its own, bringing together the wishful thoughts of so many who came here before us?

Timor is about loving the journey more than the destination. It is using every language and none, belonging to many places and yet claiming none as your own. If you were born to be a wanderer and your task in life is learning, tell stories and seek new paths, welcome home.

And, since we speak of contradictions, see the heights and the lowlands, the sea and the cold. Jaco and Ainaro, sundown in the East, sunrise in the West.

The beaches: Jaco Islet at the East tip of Timor

The mountains: Ainaro district, south of Dili

Sunrise in the West (Dili bay; "Praia dos Coqueiros")

Sunset in the East (Dili bay; Comoro beach)


TRADUÇÃO em português "acordado" :-)


O Livro das Contradições: contradição é o que você vê mais, até mesmo na sua própria alma, quando vive aqui. Montanhas caem abruptamente em praias; calor e frio; tantas heranças num lugar tão pequeno. Ouvi tantos chamarem este lugar 'rai ki'ak' (país pobre) e no entanto há tantas coisas à nossa volta.

Beleza e orgulho nos versos em Tetun cantados na praia ao luar celebrando o Dia da Independência.

Fascinação intemporal nas histórias meio-esquecidas contadas pelas mulheres enroladas nos seus 'tais' tecidos. Já alguma vez usou uma história para se embrulhar e proteger do frio numa manhã fria nas montanhas?

Homens e mulheres: voz e desenhos. Numa aldeia timorense as vozes das mulheres podem ser ouvidas silenciosamente em histórias tecidas pelas suas mãos.

Risadas e sombras, porque uma história tem que ser ou cómica ou sobre fantasmas para aqui merecer um elogio.

Pacífico? Ou Ásia? Ou um sonho em si mesmo, amalgamando os desejos do pensamento de tantos que vieram antes de nós?

Timor é sobre amar a viagem mais do que o destino. É usar todas as línguas e nenhuma, pertencendo a muitos lugares mas ainda assim não reivindicando nenhum deles como seu. Se você nasceu para vaguear pelo mundo e a sua tarefa na vida é aprender, contar histórias e procurar novos caminhos, bem vindo a casa!

E já que falamos de contradições, veja as montanhas e as planícies, o mar e o frio. Jaco e Ainaro, o pôr-do-sol no Leste e o amanhecer no Oeste.

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